segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A CHAPA 1 É ELEITA PARA O DACG/FAC


No dia 24 de novembro de 2011 foi realizada as Eleições do Diretório Acadêmico Carlos Gomes (DACG), entidade de base dos estudantes da Faculdade de Arte e Comunicação (FAC) da Universidade de Passo Fundo (UPF), que engloba os cursos Música (LP e Bacharelados), Artes Visuais (LP), Comunicação Social - Habilitação em Publicidade e Propaganda (B), Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo (B) e Superior de Tecnologia em Design Gráfico (CST).

 

A Chapa 1 foi eleita com 156 votos contra 42 votos para a Chapa 2. Com uma campanha realizada pela base e que contemplou os anseios dos estudantes de todos os turnos de aula, nos colocamos a disposição dos companheiros eleitos para cumprir com seu programa para o DACG.

Salientamos o compromisso assumido pelos integrantes de estabelecer uma gestão atuante no Movimento Estudantil ao mesmo tempo que tratará da regularização das dívidas deixadas anteriormente.

Acesse as propostas do pessoal achapa1.com.br e confira a nominata:

Arthur Ferraz
Presidente
Acadêmico dos cursos de Publicidade & Propaganda e Jornalismo

Ingra Costa e Silva
Vice-Presidente
Acadêmica do curso de Jornalismo.

Clotilde Alves
Secretária
Acadêmica do curso de Artes Visuais

Robson da Rocha
1º Tesoureiro
Acadêmico do curso de Publicidade & Propaganda

Marcos Mello
2º Tesoureiro
Acadêmico do curso de Publicidade e Propaganda

Daiane Finatto
Diretora de Imprensa
Acadêmica do curso de Jornalismo

Lisiane Rodrigues
Diretora Acadêmica
Acadêmica do curso de Design Gráfico

Francisco Frandolozo
Diretor Cultural
Acadêmico do curso de Música

Vanessa Lazzaretti
Diretora Social
Acadêmica do Curso de Jornalismo

FUNDAÇÃO DO PLURAL COLETIVO LGBT

O Coletivo Nada Será Como Antes estende o convite dos militantes da causa LGBT de Passo Fundo a todos os estudantes, funcionários e professores da Universidade de Passo Fundo. Depois de anos sem um instrumento de luta adequado, enfim está sendo construída uma alternativa para o combate as opressóes na região.



Talvez você não saiba, mas desde agosto deste ano, um grupo de pessoas tem se reunido, motivado pela intenção de instalar a Luta LGBT na nossa região, dando visibilidade à causa.

Com muitas ideias e projetos já definidos, é hora de dar vida jurídica ao Plural - Coletivo LGBT, apresentando o grupo e suas intenções à comunidade e reafirmando o comprometimento com a população LGBT e demais lutas sociais.

No domingo do dia 4 de dezembro, estaremos reunidos na Assembleia Geral de Fundação do Plural - Coletivo LGBT, às 15h30min, em frente ao DAER, na Rua Presidente Vargas, nº 290.

Talvez você não saiba, como muitos de nós também não sabíamos, mas a força da sua assinatura tem o poder de mudar aquelas situações em que você acaba pensando: “será que não é possível fazer alguma coisa?”

Mães, pais, irmãos, parentes, amigos e conhecidos de lésbicas, gays, bissexuais travestis, transexuais, transgêneros e intersexos: precisamos de você.

Informações: Plural Coletivo LGBT Passo Fundo - 54. 92042484 (Claro) - 54.96813112 (Vivo)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

COMANDO DE GREVE DE PASSO FUNDO REPUDIA AMEAÇAS A ESTUDANTES


NOTA DE ESCLARECIMENTO

CONTRA A REPRESSÃO AOS ESTUDANTES QUE APOIAM A GREVE EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!

Na segunda-feira (21/11) foi iniciada a greve dos trabalhadores em educação das escolas públicas do estado do Rio Grande do Sul contra a reestruturação imposta do ensino médio, pelo pagamento do Piso Nacional e em defesa da educação pública.

Desde a semana anterior, os estudantes de Passo Fundo já haviam demonstrado publicamente sua contrariedade em relação às mudanças do currículo do ensino médio e o apoio ao pagamento do Piso Nacional para o magistério. Por isso, era esperada a concordância dos jovens à greve, última alternativa da categoria, devido à postura do Governo Tarso.

Contudo, algumas direções de escola do município estão intimidando lideranças estudantis favoráveis à greve. Além disso, procuram antecipar provas, ministram aulas ilegais com menos de 50% das turmas, aglomeram estudantes de turmas diferentes irregularmente e distorcem informações sobre as recuperações das aulas e a garantia de efetividade.

Diante disso, o Comando de Greve Regional do 7º Núcleo do CPERS/Sindicato repudia qualquer ação que objetive ameaçar a manifestação do movimento estudantil favorável à greve em defesa da escola pública. Essas atitudes devem ser imediatamente comunicadas pelos pais e responsáveis às autoridades legais para que sejam coibidas.

Por fim, esclarecemos que as chances dos estudantes das escolas públicas ingressarem numa universidade pública são injustas em relação aos oriundos das escolas privadas. Porém, com as mudanças apresentadas pelo governo estadual para o ensino médio, o acesso ao ensino superior público será praticamente impossível, pois o objetivo será estritamente a formação de mão de obra semiqualificada e barata para os empresários da região.

Passo Fundo, 25 de novembro de 2011.

COMANDO REGIONAL DE GREVE DO 7º NÚCLEO DO CPERS/SINDICATO

E-mail: comandodegrevepassofundo@gmail.com - Fone: (54) 3313-2247

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ENTENDA A REFORMA DO ENSINO MÉDIO IMPOSTA PELO GOVERNO TARSO

Além das reivindicações quanto ao pagamento da Lei do Piso Salarial Nacional dos Professores, que foi prometida em campanha por Tarso Genro (PT). A greve do magistério pauta também a retirada da proposta de reestruturação do ensino médio (imposta via decreto), pois a mesma pretende que a escola pública forme mão de obra barata para os empresários locais.
 
Leia a posição dos trabalhadores em educação do Rio Grande do Sul a seguir: 



SOBRE A PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DO ENSINO MÉDIO


A Direção do CPERS, após realizar um debate preliminar sobre a Proposta de Reestruturação do Ensino Médio do governo, manifesta o que segue:

1. A proposta se apresenta fundamentada na necessidade de adaptar a educação às mudanças impostas pelo mundo do trabalho. E para que o trabalhador se adapte às novas necessidades do mercado ele precisa “ser flexível, aprender constantemente e resistir ao estresse” (argumentos do Governo quando fala do trabalho como princípio educativo).

2. Como podemos ver, o objetivo central do projeto é a perspectiva de adequar as escolas públicas às necessidades das empresas. Toda a alteração do currículo, sua divisão em parte geral e parte específica e a destinação de parte da carga horária voltada a projetos e estágios estão condicionados à formação de mão-de-obra semiqualificada e barata para os diversos setores empresariais existentes no Estado.

3. As mudanças, justificadas a partir de um suposto "fracasso do atual  modelo educacional”,  irão rebaixar ainda mais o nível de ensino. Os níveis mais especializados de conhecimento serão retirados do ensino médio das escolas públicas e passarão a ser exclusividade ainda maior de setores privados do ensino. Haverá uma maior dissolução de conteúdos e empobrecimento cultural. A "qualificação" de mão de obra a serviço dos diversos ramos empresariais se transforma no grande objetivo pedagógico do ensino médio. As empresas poderão dispor até de estágios, inclusive não remunerados, de seus futuros trabalhadores. Tudo isso vem mascarado no projeto do governo pelo mito de uma adequação ao "mundo do trabalho"!

4. A proposta expressa pelo governo por áreas de conhecimento significa o desrespeito à especialização do educador. A redução nos programas curriculares impede que o ensino médio cumpra seu principal objetivo, que é a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos. Ou seja: há redução efetiva de objetivos programáticos de conhecimentos e uma aproximação com um nível mais básico, visto que 50% da carga horária será destinada ao ensino técnico e 50% para a parte diversificada, que também estará voltada ao mundo do trabalho.

5. O ensino médio proposto acentua a desigualdade social, pois os filhos da classe dominante continuarão tendo direito a uma formação que contemple todas as áreas, o que facilita sobremaneira o ingresso em uma universidade pública, enquanto os filhos da classe trabalhadora serão preparados para servir ao capital.

6. Toda a alteração do currículo pretende ser feita de cima para baixo, apenas uma pequena consulta a alguns representantes constará como disfarce para a decretação da mudança. Significa, portanto, que a autonomia político-pedagógica das escolas será suprimida com essa mudança. Estaremos novamente diante de um "regimento padrão" elaborado pela SEC à revelia da comunidade escolar e que irá, inclusive, ferir a lei de gestão democrática.

7. O aluno da escola pública do Estado do Rio Grande do Sul poderá estar destinado a seguir uma profissão que não seja de sua escolha, uma vez que a oferta de cursos estará também vinculada às demandas dos setores produtivos de sua região, como podemos observar no anexo 3, 4 e 5 da proposta do Governo, que apontam as regiões e seus arranjos produtivos locais (APLs).

8. O Governo do estado prevê a implantação do PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Este programa presume a parceria com instituições de ensino ligadas à iniciativa privada, com ênfase no Sistema S (SENAI, SENAC, SESI e SESC) que já recebem dinheiro público e, mesmo assim, cobram taxas dos estudantes. Com o PRONATEC passarão a receber mais dinheiro ainda.

9. O Governo do Estado estabelece que a responsabilidade na organização, realização e avaliação dos seminários integrados será da equipe diretiva da escola como um todo e, especificamente, da supervisão e orientação educacional. Atualmente não existem esses profissionais nem sequer para o atendimento das necessidades urgentes do dia a dia das escolas e, nem mesmo a previsão de concurso público para estas áreas. Mais um motivo para duvidarmos da intenção do governo de investir na educação.

10. Sem contar que transforma o professor em um profissional polivalente. Ele deverá dar conta (evidentemente, sem nenhuma formação adicional) de diversas disciplinas e ramos do conhecimento, inclusive conhecendo os processos produtivos que são objetos da formação.  

11. O aumento de dias letivos e carga horária aprofundam a sobrecarga de trabalho, já sentida pelos educadores, que se vêem obrigados a cumprir 40 ou 60 horas semanais, em turnos e estabelecimentos diversificados, tornando a jornada extenuante e agravando, inclusive, os problemas de saúde física e mental.

12. Isso tudo em virtude da desvalorização profissional, que perpassa pelo não cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional, pelo não investimento dos 35% da receita do estado na educação, pela falta de condições dignas de trabalho e o sucateamento das escolas públicas, com turmas superlotadas, multisseriadas, falta de segurança e a mudança do papel do professor, que acaba sendo responsabilizado por todas as mazelas da sociedade.

O MÉTODO E A SUA RELAÇÃO COM O CONTEÚDO

13. O governador Tarso Genro e seus secretários, desde que assumiram, têm demonstrado que a democracia existe só no discurso. Foi assim com a reforma da previdência, o calote nas RPVs e agora com o seu projeto para a Educação (Reforma do Ensino Médio, Sistema de Avaliação Integrada, Avaliação do Plano dos Professores).

14. Ao apresentar seu projeto de Reestruturação do Ensino Médio, bem como o cronograma de “debates”, estabelecendo o prazo para a elaboração do documento final para janeiro de 2012, o governo derruba seu próprio argumento de que a proposta  vai ser construída democraticamente. Mas sem dúvida nenhuma isto ocorre devido ao conteúdo da proposta. O Secretário José Clóvis sabe que se esta discussão ocorrer, os educadores, que um dia alimentaram alguma ilusão sobre o papel que ele cumpriria nesta tarefa, não terão dúvidas de que ele está tentando organizar a educação pública para servir ao empresariado do RS.

15. Repudiamos o fato de que o governo utiliza citações de Marx e de teóricos marxistas da atualidade para apresentar sua proposta como emancipadora do ser humano através do domínio das novas tecnologias e dos meios de produção. Cabe salientar que o conceito de politecnia defendido por Marx trata-se de uma concepção de que “o ser humano deve ser integralmente desenvolvido em suas potencialidades, através de um processo educacional de totalidade que proporcione formação científica, política e estética, com vista à libertação do ser humano”.  Marx afirmava ainda que “a politecnia poderia elevar a classe trabalhadora a um patamar acima da própria burguesia”. Além disso, Marx jamais defendeu que o ensino politécnico serviria para que o trabalhador se adaptasse ao sistema, mas sim, que o contestasse e se apossasse dos meios de produção.

16. A proposta de Reestruturação do Ensino Médio no Estado do Rio Grande do Sul não aponta para a possibilidade de contestação do sistema. Além de todos os problemas levantados neste documento ainda podemos citar um, de gravidade elevadíssima e que vem ao encontro da política de Tarso e de Dilma. Os representantes dos setores produtivos serão convidados, assim como tem acontecido na agenda 2020, a participar de toda a discussão e elaboração do documento final sobre a reestruturação.

17. Desta forma não nos restam dúvidas sobre quem ditará as regras, assim como temos convicção de que a Escola Pública do Estado do Rio Grande do Sul estará a serviço do mercado e do capital.  Frigotto diz o seguinte: "Escola sem espaços e tempos para as artes, a cultura, o lazer e o esporte é uma pobre escola e esgarça o processo formativo. Especialmente para crianças e jovens das classes populares".


Porto Alegre, 14 de outubro de 2011.
 
Diretoria do CPERS-Sindicato

EDUCADORES E ESTUDANTES PRESSIONAM TARSO EM PASSO FUNDO

Educadores de Passo Fundo, em greve pelo piso salarial e contra a reforma do ensino médio, realizaram nesta terça-feira (22), uma manifestação durante a passagem do governador Tarso Genro pelo município. O protesto também contou com a participação de estudantes no bairro Integração.

Com cartazes, bandeiras e palavras de ordem, educadores e estudantes cobraram as promessas feitas pelo governador ainda na campanha eleitoral. O protesto aconteceu no Ginásio Poliesportivo Jaboticabal. A pressão sobre o governador e outros representantes do governo deverá seguir acontecendo em todas as regiões do Estado.


Leia e compreeenda as reivindicações da categoria:



Fonte: Assessoria de imprensa do CPERS/Sindicato

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O COMITÊ DAS LUTAS SOCIAIS DE PASSO FUNDO

Um espaço de permanente discussão e mobilização para os lutadores da cidade de Passo Fundo está sendo construído nas últimas semanas. Conheça um pouco a trajetória realizada e participe também.

A proposta de criação do Comitê das Lutas Sociais surgiu a partir de demandas concretas dos movimentos sociais de Passo Fundo. Nos últimos 2 anos vários militantes e organizações da cidade reuniram-se num comitê que tinha como objetivo central a defesa do caráter público do transporte coletivo e de questionamento dos aumentos sucessivos do valor da tarifa, apesar das ilegalidades das empresas privadas do setor. 

Comitê em Defesa do Transporte Público foi criado em janeiro de 2010 em Passo Fundo e rearticulado em fevereiro de 2011, durante os enfrentamentos dos movimentos estudantil, sindical e social contrários ao aumento da passagem e a falta de licitação do transporte coletivo. Defendemos o transporte público enquanto direito de todos à mobilidade urbana. Tivemos uma vitória parcial nessa luta. A passagem passou de R$2,00 para R$2,30 e não R$2,75 como queriam as empresas privadas, apoiadas pelo Poder Executivo e pelo Conselho de Transporte, que não honrou a indicação tirada em audiência pública, conforme se comprometeu publicamente. Além disso, a diferença do cálculo do valor da tarifa das empresas, tornado público pela primeira vez, evidenciou a nítida exploração da população por parte do setor privado do transporte.

Mas isso não bastava! No decorrer das reuniões, outros temas deveras importantes para a organização das lutas dos trabalhadores surgiram, fazendo com que, para além da discussão sobre o preço da passagem urbana e a definição do custo, por parte do Poder Executivo Municipal, que não acolheu os argumentos do Comitê, por mais que representassem a vontade popular, acolhêssemos, apoiássemos e participássemos de outras lutas e movimentos sociais que eclodiram no município. Como a manifestação, na Câmara dos Vereadores, pelo decoro parlamentar e a rejeição à decisão de aumentar o número de vereadores para 21, sem consultar a população por intermédio de audiência pública ou plebiscito.

Todos e todas que acreditam na pressão popular como forma de colocar as nossas lutas em pauta são bem-vindos. Reunimo-nos todas as semanas, para construir nossas ações nesse espaço coletivamente.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ANDES PROPÕE PAUTA UNIFICADA PARA AS PARTICULARES


Uma pauta de reivindicações unificada para servir de referência para todos os docentes das Instituições Privadas de Ensino Superior (Ipes). Esse foi um dos encaminhamentos deliberados durante o Encontro do Setor das Instituições Privadas de Ensino Superior (Ipes) do ANDES-SN, realizado em Brasília nos dias 29 e 30 de outubro.

Apesar do número pequeno de participantes, Luiz Henrique Schuch, 1º vice presidente do ANDES-SN, ressaltou em sua fala de abertura do Encontro que isso não deveria servir de referência para pautar a mobilização do Setor. “O fato de hoje termos uma participação mais restrita, não deve ser motivo para desestímulo, pois este setor é o que mais sofre repressão a organização sindical combativa e mesmo assim resiste e vai à luta”, ressaltou.

Para Schuch, a falta de organização passa por uma questão maior que afeta o mundo do trabalho como um todo. Segundo o dirigente do ANDES-SN, o modelo de movimento sindical tradicional parece perder sentido ou estar em ocaso, mas até por isso a agregação da categoria para defender os seus direitos se torna ainda mais necessária neste momento.

“O ANDES-SN deve apresentar a unidade entre docentes de todos os setores, porque, mais do que nunca as queixas dos professores relacionadas a precarização das condições de trabalho são imensas e cada vez mais se assemelham independente dos Setores”, observou Schuch.

Durante o encontro, foi apresentado um levantamento preliminar sobre as condições de trabalho e o perfil dos docentes no setor das Ipes, realizado pela subseção do Dieese/ANDES-SN. Os participantes apontaram uma série de recomendações para aprofundamento do estudo.

Segundo Marco Aurélio Ribeiro, diretor do ANDES-SN membro da coordenação do setor e presidente da Associação dos Docentes da Universidade Metodista de Piracicaba (Adunimep) – Seção Sindical, a realização desta pesquisa mostra um avanço no Setor das Privadas do ANDES-SN. “Há três gestões se tenta fazer uma pesquisa sobre a situação dos docentes das Ipes. O trabalho está sendo construído e o estudo será agora aprimorado, a partir dos diversos olhares dos participantes do encontro”, lembrou Ribeiro.

Estudo



Entre outros dados, o levantamento aponta o baixo índice de permanência dos professores nessas instituições. De acordo com o estudo, a maioria permanece entre 6 a 24 meses no mesmo emprego, em condições contratuais precárias e emergenciais. Há uma tênue estabilidade a partir de 120 meses de contrato, mas poucos professores chegam a se aposentar nas Ipes.

Em relação à proporção de professores doutores nas Privadas, o estudo mostra que das 2069 Ipes, 1769 são particulares e 290 comunitárias e confessionais. Enquanto o total das particulares possui 19 mil doutores no seu corpo docente, as comunitárias e confessionais, juntas, empregam quase 12 mil professores com doutorado.

Para o diretor do ANDES-SN, com base no aprimoramento do estudo, o Sindicato Nacional deve agora seguir o caminho político de retomar a história de lutas dos docentes das particulares, reativando a mobilização neste setor.

A necessidade de intensificar a luta no setor também foi o foco da palestra do professor Marco Antonio Sperl de Faria, da Adunimep. O professor, que participa da luta sindical desde o seu início, fez um resgate histórico do movimento docente nas Ipes e apontou caminhos para a unificação da luta nas Ipes. Segundo Faria, é importante que o Sindicato Nacional saiba quais são as particularidades da categoria docente nas Ipes. Para ele, o estudo é um embrião para isso.

O professor ressaltou que as regionais precisam fazer um trabalho diferenciado, avaliando se é viável a organização por local de trabalho. Ele lembrou que a organização multinstitucional pode ser uma experiência de sucesso e citou como exemplo as particulares de Santa Catarina.

Faria ressaltou ainda que é importante que o ANDES-SN retome o arquivo de pautas de reivindicações, acordos coletivos e projetos de carreira das diferentes associações docentes e que se for necessário, estabeleça uma pauta única como base para o Setor das Ipes.

Plano de lutas

Os participantes do encontro discutiram o plano de lutas do Setor das Privadas aprovado no último congresso do ANDES-SN, para o ano de 2011. Eles avaliaram o que foi implementado e o que ainda precisa ser aprimorado.

Entre os novos pontos sugeridos para compor o plano de lutas que será aprovado no 31º Congresso do ANDES-SN, em janeiro de 2012, está a pauta de reivindicações para os professores das Ipes. “A pauta unificada deve ser bastante enxuta e básica para servir de referência aos docentes das diversas instituições e foi trabalhada neste encontro a partir da pauta aprovada no 29° Congresso”, disse Marco Aurélio Ribeiro.

Segundo o coordenador do Setor, a pauta unificada apresenta entre outras reivindicações, um piso nacional para dos docentes das Ipes, tendo como referência o salário mínimo do Dieese, e propõe ainda acabar com o regime horista nas Privadas. “A pauta aponta o que seria ideal para acabar com a precarização do trabalho docente nas Ipes. A ideia de que nas privadas se priorize a contratação de docentes em regime de dedicação exclusiva pode parecer utópica, mas se quisermos qualidade de ensino nas Privadas, precisamos acabar com a precariedade nestas instituições”, argumentou Ribeiro.

Fonte: ANDES-SN

A ALIMENTAÇÃO DOS BRASILEIROS ESTÁ CADA VEZ MAIS ENVENENADA

O brasileiro ingeriu, em média, 3,7 quilos de agrotóxicos em 2009. Trata-se de uma massa de cerca de 713 milhões de toneladas de produtos comercializadas no país por cerca de seis corporações transnacionais. Estas empresas controlam toda a cadeia produtiva, da semente ao agroquímico ligado a ela. Uma condição que pressiona o agricultor familiar, refém da compra do “pacote tecnológico” gerador da dependência na produção. O capital dessas companhias do ramo é maior que o produto interno bruto da maioria dos países da Organização das Nações Unidas. Só no Brasil lucraram 6,8 bilhões de dólares em 2009.

Para tanto, o país ergueu a taça de campeão mundial em uso de agrotóxicos e bateu outro recorde: duplicou o consumo em relação a 2008. Relatórios recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vem sendo criticado pelo lobby do agronegócio, apontam que 15% dos alimentos pesquisados pelo órgão apresentaram taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde. Cana-de-açúcar, soja, arroz, milho, tabaco, tomate, batata, hortaliças são produtos do dia-a-dia que passaram a ter alto índice de toxidade.

Agroquímico, semente, terra e mercado fazem parte da mesma cadeia produtiva sob controle dos monopólios. Larissa Parker, advogada da Terra de Direitos, aponta uma relação direta entre a concentração do mercado de sementes e de agrotóxicos. A transnacional Monsanto controla de 85 a 87% do mercado de sementes. No caso do transgênico Milho BT (da empresa estadunidense), de acordo com a advogada, o próprio cereal é desenvolvido com uma toxina contra determinado tipo de praga. Ainda assim, agricultores no Rio Grande do Sul precisaram realizar mais de duas aplicações de agrotóxicos na lavoura. Os insetos mostraram-se resistentes à substância tóxica. Na Argentina, as corporações cobram patentes apenas dos agrotóxicos e não das sementes, já que o seu uso está atrelado a elas.

Apesar de surgir como a “salvação da lavoura”, prometendo aumento de produtividade, a introdução do químico ligado à semente transgênica incentivou o aumento do uso de tóxicos. O cultivo da soja teve uma variação negativa em sua área plantada (-2,55%) e, contraditoriamente, uma variação positiva de 31,27% no consumo de agrotóxicos, entre os anos de 2004 a 2008, como explicam os professores Fernando Ferreira Carneiro e Vicente Soares e Almeida, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

Além disso, produtos que foram barrados no exterior são usados em diferentes cultivos brasileiros. Entre dezenas de substâncias perigosas, o endosulfan, por exemplo, é um inseticida cancerígeno, proibido há 20 anos na União Europeia, Índia, Burkina Faso, Cabo Verde, Nigéria, Senegal e Paraguai. Mas não é proibido no Brasil, onde é muito usado na soja e no milho.

Fonte: Brasil de Fato