segunda-feira, 17 de junho de 2013

PASSO FUNDO VAI PARAR TAMBÉM DIA 20.06

 
A realização da Copa das Confederações é um exemplo de como os governos não priorizam o investimento na educação e na saúde públicas, gastam bilhões com grandes eventos e migalhas nas necessidades básicas da população.
 
Estudantes e trabalhadores que compreendem a necessidade de transformar a sociedade se revoltaram. A “geração perdida” que a grande mídia afirmava não se indignar com os problemas sociais está motivada a ser protagonista, sem esperar pelos governantes que só defendem seus próprios interesses e o de seus patrocinadores das campanhas eleitorais.
 
Violência é o preço da tarifa, o sucateamento da escola pública, as filas intermináveis do SUS, o custo da cesta básica, a discriminação dos setores oprimidos e marginalizados e a repressão da polícia e seus governos.
 
O FUTURO NOS PERTENCE!
 
Chegou a hora de sermos ouvidos! Venha pra rua manifestar-se sobre os problemas de Passo Fundo, do Rio Grande do Sul e do Brasil. Não será reclamando em casa que mudaremos o país. Baderneiros são aqueles que se aproveitam do poder para se beneficiar todos os dias.
 
A máfia dos transportes é a mesma que financia a campanha eleitoral de partidos burgueses que depois são coniventes com o aumento das passagens. Para os usuários segue o preço caro, o ônibus lotado e aos seus trabalhadores os salários baixos.
 
Quem comanda a polícia são os governos. Se a PM toma a iniciativa de reprimir com truculência, ela foi orientada a agir de tal forma. A grande mídia não mostrou, mas na internet podemos ver como eles agem.
 
Todos ao 6º ATO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM no dia 20 de junho de 2013, a partir das 18 horas, na esquina da Avenida Brasil com a Bento Gonçalves!
 
REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA PASSAGEM
 
PASSE LIVRE JÁ PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS
 
CONTRA A REPRESSÃO POLICIAL

Coletivo Nada Será Como Antes - UPF

sábado, 25 de maio de 2013

Nota da Chapa 3 sobre as Eleições do DCE UPF


A Chapa 3 - Nada Será Como Antes agradece a todxs o apoio recebido pelos 2.054 estudantes da UPF que no último dia 20 de maio votaram nas nossas propostas. Rechaçamos as acusações infundadas atribuídas a nossa candidatura e reafirmamos para quem quiser ouvir que a nossa luta é todo dia. Por isso, saudações a quem tem coragem porque vamos mostrar no dia a dia o quanto avançamos com essa eleição.

A Comissão Eleitoral do DCE foi eleita em Reunião do Colegiado de CAs e DAs no dia 17 de abril de 2013, às 18 horas. Aqueles que lutam devem lembrar dessa data pois havia um ato pela revogação do aumento da passagem no mesmo horário nesse dia. Participamos das duas atividades e denunciamos o oportunismo da UJS/PCdoB em boicotar os protestos para blindar o governo PPS/PCdoB. 

A utilização do sistema da Intranet foi rechaçada por nós, pois descumpria com o Estatuto e o Edital das Eleições. Mas somente com a intervenção do Ministério Público a Comissão Eleitoral assim se manifestou. O voto por urnas eletrônicas permitiu um maior controle pelos fiscais de chapa. Porém, não evitou que aqueles que queriam tumultuar e fraudar o processo eleitoral o fizessem. Repudiamos a campanha ilegal registrada no Campi Soledade, a interferência direta de Cargos de Confiança da Prefeitura e de dirigentes da UNE que agiram para atrasar a abertura das urnas ou fingir serem estudantes para fazer boca de urna.

Por fim, afirmamos à atual gestão do DCE que as acusações de que somos alvos em nota publicada no dia 22 de maio de 2013 precisarão ser provadas. É nítido que a entidade DCE está sendo usada por um grupo político ligado à prefeitura que tenta imputar crimes por divergências políticas. Na nossa concepção esse não é o objetivo da entidade. Quem se esconde no DCE ou no anonimato para caluniar não merece crédito algum.

CONTRA AS AGRESSÕES HOMOFÓBICAS!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL!
POR UM DCE COM AUTONOMIA A PARTIDOS, GOVERNOS E VEREADORES!

Aprovada em Reunião no dia 25 de maio de 2013.

Chapa 3 – Nada Será Como Antes

sábado, 20 de abril de 2013

ABERTURA DO PROCESSO ELEITORAL DO DCE

O Coletivo Nada Será Como Antes solicita a todos que divulguem a abertura do Processo Eleitoral do DCE/UPF. Como se pode verificar no documento abaixo, os prazos estabelecidos foram curtos e dificultaram a participação dos estudantes de toda a UPF.

Na última quarta-feira foi convocada às pressas Reunião do Colegiado de CAs e DAs pelo presidente do DCE/UPF. Em pauta estava a formação da Comissão Eleitoral das Eleições do DCE. Numa evidente tentativa de esvaziamento, a reunião foi marcada para o mesmo horário do III Ato pela revogação do aumento da passagem de Passo Fundo.
Mais informações contatar via e-mail coletivonadaseracomoantesupf@gmail.com

quarta-feira, 17 de abril de 2013

TENTATIVA DE GOLPE DA UJS/PCdoB NO DCE DA UPF

O DCE convocou a Reunião de Colegiado de CA's e DA's dos estudantes da UPF para nessa quarta-feira (17/04) às 18 horas pautar a formação da Comissão Eleitoral. O procedimento segue o Estatuto da entidade, porém, foi marcado para o mesmo horário do III Ato pela revogação do aumento da passagem. A realização da reunião no meio da semana é estranha aos estudantes que geralmente se encontram nos sábados e totalmente contrária à mobilização sobre o transporte público chamada pelo Comitê das Lutas Sociais de Passo Fundo.
 
Vamos manifestar o nosso repúdio aos CA's e DA's da UPF a respeito dessa tentativa de golpe da UJS/PCdoB em marcar uma reunião no mesmo horário de uma mobilização estudantil. O processo eleitoral é um importante espaço de debate sobre os rumos que queremos dar ao movimento estudantil na UPF e não pode ser tratado dessa forma.
 
O Coletivo Nada Será Como Antes mantém o chamado aos estudantes da UPF a participar da mobilização dessa quarta, pois a atitude desesperada do DCE, cuja gestão é ligada à UJS/PCdoB, demonstra que a mesma não está comprometida com a nossa luta contra o valor abusivo da passagem, mas quer desviar as atenções dos estudantes do governo de Luciano/Juliano que tanto apoiam.
 
 
 
PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA PASSAGEM JÁ
 
POR UM MOVIMENTO ESTUDANTIL INDEPENDENTE DE PARTIDOS E GOVERNOS
 
 
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

QUARTA SERÁ MAIOR!


POR ONDE ANDAM O DCE DA UPF E A UMES?

Uma das questões que são colocadas a nós nos protestos pela revogação do aumento da passagem é: por que as manifestações não foram feitas antes do aumento? A resposta é simples, nós que compomos o Comitê das Lutas Sociais chamamos ações contra o aumento da passagem. Porém, tanto a imprensa quanto as principais entidades estudantis da cidade não deram importância devida ao tema. A imprensa local porque possui uma relação de negócios com a maior empresa privada do transporte e o DCE da UPF e a UMES porque ambas são comandadas pela UJS, braço do PCdoB mesmo partido do vice-prefeito Juliano Roso.

DCE NÃO CONVOCOU DA'S PARA DISCUTIR AUMENTO DA PASSAGEM

Na Audiência Publica sobre o aumento da passagem o representante do DCE da UPF presente afirmou que a entidade vinha mobilizando os estudantes. Essa declaração não condiz com a verdade. Qualquer estudante pode verificar que além da solicitação da audiência pública, o DCE da UPF não postou uma linha se manifestando contra o aumento da passagem por 30 dias! Somente quando o aumento estava encaminhado pelo prefeito Luciano Azevedo (PPS) é que a entidade pública ao contra.
 
PORTO ALEGRE DESPERTOU A JUVENTUDE
 
Logo após o aumento da passagem para R$2,70 no início de abril, os estudantes de luta da capital conquistam nas ruas a revogação do aumento da passagem mobilizando-se nas ruas. A repercussão conduz o Comitê das Lutas Sociais a chamar o 1º ATO PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA PASSAGEM que rapidamente recebe a adesão de várias pessoas via redes sociais.
 
O OPORTUNISMO DA UJS
 
Ao perceber que o protesto pela revogação do aumento e o desgaste do governo Luciano/Juliano seria inevitável, a UJS articular audiência com o prefeito uma hora antes do ato de terça. Na oportunidade apresenta documento solicitando a revogação que teria sido construído pelo conjunto do movimento estudantil. O Coletivo Nada Será Como Antes esteve presente e denunciou imediatamente essa versão e afirmar que o prefeito ignorou os estudantes e que o diálogo agora seria nas ruas.
 
CADÊ, CADÊ, CADÊ SUMIU.
CADÊ O DCE NINGUÉM SABE NINGUÉM VIU!
 
Desde então o DCE da UPF desapareceu. Como sua orientação claramente é desviar a atenção dos responsáveis pelo aumento, o governo que participam. Ao invés de ajudar na construção das mobilizações prefere lançar adesivos sobre a revogação e mais nada.
 
Enquanto isso nos atos uma das palavras de ordem mais lembradas é, justamente, alusiva a tudo isso. "Cadê,cadê, cadê sumiu. Cadê o DCE ninguém sabe ninguém viu!" E a situação da União Municipal de Estudantes Secundaristas é a mesma... desapareceu.
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

QUINTA-FEIRA VAI SER MAIOR


O Coletivo Nada Será Como Antes e várias entidades estudantis, com destaque para o DACB, o DADSA e o CAJOB, foram à luta com o Comitêdas Lutas Sociais reivindicar a revogação imediata o aumento da passagem ontem. Os manifestantes percorreram o centro de Passo Fundo e finalizaram a atividade em frente à prefeitura.



O Comitê das Lutas Sociais aglutina pessoas, entidades e movimentos da cidade com o objetivo de fortalecer e unificar as lutas. Estávamos desde fevereiro na luta contra o aumento da passagem e, depois das mobilizações em Porto Alegre, alcançamos uma conjuntura favorável aos protestos públicos.

Convocado no domingo através das redes sociais e de panfletagens nas paradas de ônibus das instituições de ensino da cidade, estava evidente o apoio e a adesão de muitas pessoas no mesmo dia. Nesse momento o DCE/UPF agendou audiência com o prefeito uma hora antes do ato, fato inédito nesse governo que não costuma receber diretamente os movimentos sociais. Na audiência, o DCE apresentou documento pedindo a revogação do aumento que teria sido construído por várias entidades.

O Nada Será Como Antes estava presente e afirmou que o DCE em nenhum momento chamou as entidades para sequer discutir o aumento da passagem. Além disso, que o prefeito não está disposto a dialogar conosco sobre a revogação visto que desrespeitou até a audiência pública sobre a passagem que foi totalmente contrária a essa decisão unilateral do governo Luciano/Juliano.

Nossa tarefa nesse momento é repercutir e divulgar as ações do Comitê das Lutas Sociais para convocar os estudantes da UPF e demais instituições de ensino a participarem do próximo ato.


Veja também:

domingo, 7 de abril de 2013

CHEGOU A VEZ DE PASSO FUNDO LUTAR!


Os estudantes e trabalhadores de Porto Alegre protagonizaram uma grande vitória nos últimos dias. Reunidos no Bloco de Luta pelo Transporte Público e com a atuação decisiva do DCE/UFRGS, DCE/PUCRS, Grêmio do Julinho, ANEL, Oposição de Esquerda/UNE e anarquistas foram às ruas para denunciar o aumento abusivo da passagem na capital.
 
Aqui em Passo Fundo, estamos desde fevereiro junto ao Comitê das Lutas Sociais na luta contra os ataques do Governo PPS/PCdoB ao transporte público. E chegou a hora de vermos quem apenas diz que é contra e aqueles que lutam para revogar o aumento da passagem para R$2,70! 
 
Lançamos um chamado aos Grêmios Estudantis, Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e aos Diretórios Centrais de Estudantes de Passo Fundo a participar!

REVOGAÇÃO IMEDIATA DO AUMENTO DA PASSAGEM DE PASSO FUNDO!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

ESTUDANTES DE PORTO ALEGRE MOSTRARAM O CAMINHO...



Após intensas manifestações populares contra o aumento da tarifa em Porto Alegre, que reuniram milhares de pessoas e enfrentaram brutal violência policial, a Empresa Pública de Transporte Coletivo (EPTC) anunciou ontem a redução do valor da passagem de R$3,05 para R$2,85.

Essa conquista é muito importante pois mostra, mais uma vez, que é possível lutar e vencer. Se não fossem as mais de 10 mil pessoas que tomaram as avenidas para protestar nas últimas semanas, certamente o aumento permaneceria em vigor. Essa conquista em Porto Alegre não é um caso isolado: é mais uma revolta popular que conseguiu derrubar um aumento, como já aconteceu Florianópolis (2004 e 2005), Vitória (2006), Teresina (2011), Aracajú (2011), Natal (2012) e Taboão da Serra (2013). Não foi a primeira vez, nem será a última.

A revogação do aumento da tarifa é importante também por mostrar que o preço da passagem do transporte coletivo é, antes de tudo, uma questão política. Não se trata de um problema técnico, ou econômico. Não existe uma lei natural que explique os aumentos. A tarifa não precisa sempre aumentar - ela pode também diminuir, ou até deixar de existir. Tudo depende da força de cada interesse político. Se queremos um transporte verdadeiramente público (sem tarifa), só há uma via: a força da luta!"


... QUE OS ESTUDANTES DE PASSO FUNDO DEVEM SEGUIR!


O Comitê das Lutas Sociais de Passo Fundo convida a tod@s as entidade, movimentos e pessoas interessadas para Reunião de Mobilização nesse sábado (06/04), a partir das 17 horas, no Sindicato dos Comerciários.

Vamos aproveitar o exemplo da capital e construir a luta nas ruas pela revogação imediata do aumento da passagem!


terça-feira, 2 de abril de 2013

Abaixo-assinado: PELA IMEDIATA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA PASSAGEM DE PASSO FUNDO!

Chega de meias palavras para com aqueles que defendem o lucro das empresas do transporte de Passo Fundo. Em menos de 100 dias já está demonstrado, para quem tinha ilusões de que o governo Luciano/Juliano (PPS/PCdoB) seria diferente dos anteriores, que são apenas mais do mesmo. A "nova" velha política que favorece as empresas privadas e pouco se importa com o povo.
 
O Coletivo Nada Será Como Antes convida tod@s que criticam e repudiam o aumento abusivo da passagem a somar forças na campanha pública pela IMEDIATA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DA PASSAGEM puxada pelo Comitê das Lutas Sociais de Passo Fundo.
 
"Nós abaixo-assinados exigimos do Governo Luciano/Juliano (PPS/PCdoB) a imediata revogação do aumento do valor da passagem do transporte coletivo, a licitação e o passe livre para estudantes. Por termos uma das passagens mais caras do país com aumentos acima da inflação, péssima qualidade no serviço de transporte e baixos salários dos
trabalhadores."

 
Que as listas do abaixo-assinado cheguem a cada local de trabalho e a cada sala de aula das escolas e universidades da cidade. Vamos mostrar nas ruas que a juventude de Passo Fundo não vai aceitar calada os desmandos da prefeitura ou de quem quer que seja!

Baixe o arquivo, imprima e faça a sua parte!
 
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

ELEIÇÕES DO DCE - OS ESTUDANTES DA UPF PODEM MUITO MAIS!

O DCE da UPF pode ser um grande catalisador das lutas estudantis, mas para tal necessita de uma nova direção que esteja disposta a ir à luta! Na nossa concepção, nenhuma direção do DCE estará verdadeiramente comprometida com os estudantes se não tiver como princípios:
 
a) Autonomia a partidos e governos;
b) Transparência financeira;
c) Espaços democráticos com controle estudantil;
d) Luta contra as opressões;
e) Apoio às lutas dos movimentos sociais;
f) Ação direta.
 
Não é por acaso que a UPF tenha sido novamente a instituição privada que teve o maior aumento das mensalidades de todo o Rio Grande do Sul no início desse ano. E não é à toa que a maioria das lutas estudantis se faça por fora do DCE/UPF. Está evidente que a atual gestão está passiva diante dos ataques que sofremos.

Afora as carteirinhas, as festas e a mesa de sinuca... o que fez o DCE/UPF nesses dois anos? Qual debate de importância foi puxado pela entidade? Em que ações de mobilização estudantil foram investidas a nossa contribuição estudantil?

Em abril de 2013, mais de 17 mil estudantes das 7 cidades onde estão as unidades da UPF deverão eleger uma nova direção para o DCE/UPF. A ampla maioria desconhece esse processo eleitoral porque até o momento nenhuma linha sobre o mesmo foi divulgado pela atual gestão. 

Ao invés de fazer desse momento um conchavo de poucos, queremos convidá-los e convidá-las a construir um amplo espaço de reflexão e discussão sobre o movimento estudantil. Construir de forma coletiva uma candidatura de oposição que realmente esteja de acordo com o que é necessário para os estudantes da UPF... um Diretório Central dos Estudantes de verdade!


VENHA CONSTRUIR COLETIVAMENTE UMA ALTERNATIVA DE LUTA!

Campus Central da UPF, 21 de março de 2013.

quarta-feira, 20 de março de 2013

TODOS AO ATO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM NA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Nessa quinta-feira, a partir das 16 horas, na Câmara de Vereadores de Passo Fundo será realizada Audiência Pública sobre o aumento da passagem. Essa atitude do governo municipal tem o intuito de esvaziar o espaço e impedir a manifestação dos usuários.  Propomos ao DCE/UPF que pouco fez a respeito até agora a disponibilização do transporte gratuito dos estudantes não para a aula, mas para a luta contra o aumento da passagem nessa audiência.

Há cerca de um mês os tubarões do transporte coletivo de Passo Fundo solicitaram um aumento da passagem que oscila entre R$2,80 (14%) à R$2,87 (17%). Imediatamente, o Coletivo Nada Será Como Antes reuniu-se com as demais entidades estudantis e sindicais que formam o Comitê das Lutas Sociais de Passo Fundo para combater tal iniciativa.

Solicitamos à Comissão de Educação e Bem Estar Social da Câmara de Vereadores que convocasse uma Audiência Pública para debater todos os problemas do transporte público e não apenas o valor da tarifa. Na oportunidade, destacamos que tal reunião deveria ocorrer no final da tarde para possibilitar a participação do movimento estudantil e da classe trabalhadora. Paralelamente, o Comitê entregou panfletos nas paradas do Centro denunciando a manobra das empresas e como a STMUS esconde as planilhas de custos das empresas.

Convoquem seus colegas de turma e de trabalho, traga seus cartazes e bandeiras e vamos à luta!

CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM!

POR UM TRANSPORTE PÚBLICO, POPULAR E DE QUALIDADE! 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ENTIDADES PAUTARAM O TRANSPORTE COLETIVO NA QUARTA


Esteve reunido no dia 20 de fevereiro na sede do Sindicato dos Comerciários o Comitê das Lutas Sociais, articulação dos movimentos sociais, estudantis e sindicais de Passo Fundo para o fortalecimento das lutas para pautar o transporte coletivo urbano.
Na oportunidade foram discutidas as informações sobre as dívidas da CODEPAS anunciadas recentemente, as ilegalidades praticadas continuamente pelas empresas privadas, o silêncio do Ministério Público a respeito da licitação e a possibilidade de outro aumento das passagens entre outros aspectos do tema.
O Comitê das Lutas Sociais se reunirá novamente no dia 27 de fevereiro de 2013 às 18 horas na sede do Sindicato dos Comerciários situado na Rua Moron 1731 – 4º andar (próximo da Agência Central dos Correios) e é aberta a todas as pessoas.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TARIFA ZERO NA CAPITAL DA ESTÔNIA EM 2013

Já ouviu falar de Tallinn, a capital da Estônia? Não? Pois saiba que esta cidade de pouco mais de 400 mil habitantes, localizada no norte do país, oferecerá transporte coletivo a tarifa zero a partir de 2013. Foi isso que decidiram 75,5% dos eleitores que participaram, entre os dias 19 e 25 de março, de um referendo realizado pelo poder público. A pergunta era simples: “Você aprova a introdução de um sistema de transporte gratuito a partir de 2013?”
De acordo com reportagens do site ERR, 68,059 cidadãos compareceram aos 40 locais de votação. O prefeito da cidade, Edgar Savisaar, garantiu que a decisão da maior parte da população será aplicada.
O próprio governo local atuou na defesa do transporte público sem tarifa. Taavi Aas, vice-prefeito, argumentou que 70% do usuários contam com subsídios parciais ou com gratuidade e que a tarifa zero aumentaria apenas 1/10 do uso do sistema. O vice-prefeito defendeu a medida como uma forma de amenizar o aumento nos custos de alimentação e moradia, além das consequências positivas para o meio ambiente.
Para o prefeito Edgar Saavisar, ainda de acordo com a matéria do ERR, o transporte público gratuito reduzirá a quantidade de carros, congestionamentos, acidentes e possibilitará melhores condições de deslocamento para famílias que não conseguem arcar com os custos das tarifas.
 
Outras informações relevantes: ex-prefeito da cidade, Hardo Aasmäe, largou mão em defesa da proposta, definindo-a com clareza e colocando-a no devido lugar: algo público, que deve ser oferecido a todos: “Transporte público gratuito é uma coisa do futuro. Devemos enxergar isso de uma perspectiva mais ampla do que a cidade de Tallin. É uma excelente oportunidade para a Estônia ser reconhecida por algo inovador. O Estado já paga aproximadamente metade do custo do sistema. O transporte público deveria ser gratuito em todas as cidades estonianas, financiado por um imposto para o transporte”.
Ainda segundo a reportagem, as tarifas cobrem menos de 40% do sistema, o que significa que “Tallin deverá encontrar aproximadamente 20 milhões de euros para oferecer transporte gratuito”. O governo afirma que, em decorrência da tarifa zero, famílias de até quatro membros economizarão 600 euros por ano.
Os suecos do Planka.Nu, grupo que defende e atua pela gratuidade no transporte coletivo, decidiram conceder aos estonianos uma menção pela iniciativa: “Tallin demonstrou existir alternativas para o atual modelo de transporte público mediado pela cobrança de tarifa, que trarão também grandes benefícios na perspectiva do clima e de recursos”, disse Anna Nygärd, integrante da organização.
Naturalmente, existem objeções ao projeto, muito semelhantes aos que se opõem à tarifa zero aqui no Brasil. Adivinhem as principais críticas: ônibus servirão de casa para moradores de rua e haverá desperdício de dinheiro da comunidade, que muito bem poderia ser gasto com outras medidas… Provavelmente com projetos de interesse privado. Há coisas que não mudam.
 
Fonte: Tarifa Zero

domingo, 27 de janeiro de 2013

SOBRE O INCÊNDIO EM SANTA MARIA

O incêndio da boate Kiss ocorrido na madrugada de sábado (26) em Santa Maria, durante uma festa organizada por estudantes universitários, resultou em 232 mortos e ao menos 116 feridos.
 
O Coletivo Nada Será Como Antes se solidariza com as famílias e convoca a todos a se mobilizarem para ajudar como for possível. As informações ainda são parciais, mas existem vítimas também aqui da região e os familiares buscam informações. Infelizmente, grande parte da mídia explora de forma sensacionalista o ocorrido ao invés de cobrar uma maior eficiência na identificação das vítimas.
 
O estudante de Fonoaudiologia da UPF, William Brizolla Lisboa, está internado em estado grave na UTI do Hospital de Caridade de Santa Maria com queimaduras nas mãos, nas costas e com problemas respiratórios.
 
O Hemocentro de Passo Fundo vai disponibilizar 170 bolsas de sangue para Santa Maria que certamente serão encaminhados ainda nessa segunda com a colaboração de todos. E o Hospital São Vicente de Paulo receberá feridos para desintoxicação dos feridos ainda nesse domingo.
Essa tragédia poderia claramente ter sido evitada. O proprietário da Kiss e os órgãos do poder público que deveria fiscalizar devem inúmeras explicações sobre o ocorrido. Exigimos uma ampla investigação quanto às responsabilidades nesse crime. O direito à cultura dos jovens tem de ser garantido com segurança.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ARGENTINO CAPTURADO EM PASSO FUNDO PELA OPERAÇÃO CONDOR


Em uma ação espetaculosa, quatro carros militares fecharam a frente do Fiat 147, nas cercanias de uma praça na cidade de Passo Fundo, no norte gaúcho. Armados com fuzis, os militares arrancaram de dentro do carro o motorista que, aos berros e empurrões, acabou preso e jogado dentro de um veículo verde-oliva.
O engenheiro e professor universitário argentino Carlos Alfredo Claret, vítima da operação Condor
Sem saber, o engenheiro e professor universitário argentino Carlos Alfredo Claret se tornava, naquele início de tarde do dia 12 de setembro de 1978, em mais uma vítima da Operação Condor – que uniu ditaduras do Cone Sul no combate a movimentos de esquerda. Sua prisão é prova importante de como os ditadores trabalhavam em conjunto, sem tomar ciência de fronteiras, para sequestrar os considerados inimigos de Estado.
A prisão de Claret ocorreu dois meses antes do sequestro dos uruguais Universindo Dias e Lilian Celiberti, em Porto Alegre, também por agentes brasileiros. “A facilidade com que isso foi feito mostra que as forças de segurança tinham certeza da impunidade. O Brasil sempre teve o papel protagônico na Operação Condor, mas sempre com o cuidado de não deixar impressões digitais”, avalia Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH).
Depois de um mês preso e torturado na sede Superintendência da Polícia Federal, em Porto Alegre, Claret acabou solto por pressão de militantes dos direitos humanos, igreja católica e imprensa, e se exilou na Suécia, onde vive até hoje. De passagem pelo Brasil, o argentino contou sua história pouco conhecida nesta segunda-feira 10, na sede do MJDH, na capital gaúcha.
“Há uma centena de histórias que nunca foram contadas. Alguns se salvaram, outros não”, comentou Claret.
Nascido em Entre Rios e formado engenheiro mecânico em 1971, Claret passou a ser perseguido pela ditadura argentina, sendo expulso da Universidade de Rio Cuarto, onde era professor e decano. Em 1976, um amigo próximo, integrante da juventude peronista, como ele, acabou assassinado pelas forças de repressão.
O engenheiro optou, então, por fugir com a mulher e um casal de filhos para o Brasil e se instalou em Santos (SP), antes de rumar para Passo Fundo, onde começou a trabalhar em uma fábrica de máquinas agrícolas, sua especialidade. “Eu não tinha regularizado meus documentos. Era impossível. Mas consegui uma carteira de trabalho, que era mais fácil de se obter, e a empresa me empregou.”

Ao mesmo tempo, do lado argentino, a repressão aumentava. Claret, a cada três meses, tinha que levar a mulher e os filhos à fronteira para renovar o visto de turistas no Brasil. “Na fronteira caía muita gente, e nós tínhamos de ir com as crianças.”
O argentino procurou o consulado em Porto Alegre, em maio de 1978, para regularizar sua situação, solicitando uma “certidão de boa conduta”, documento nunca emitido.
Quatro meses depois, em Passo Fundo, viu uma movimentação estranha na empresa. “Me disseram que era um controle de rotina. As autoridades pediram para ver a documentação dos estrangeiros. Eu tinha outros colegas, como um do Uruguai, que também estava ilegal, apenas com o visto de turista.”
Mas foi quando deixava a empresa, ao meio dia de 12 de setembro de 1978, que foi abordado pelos militares. “Dois carros na frente, dois atrás. Me mandaram colocar as mãos na cabeça. Ninguém me explicava o que estava acontecendo e eu sempre com um fuzil encostado na cabeça.”
Claret foi levado ao 3º Esquadrão do 5º Regimento de Cavalaria Mecanizado, na mesma cidade, onde foi colocado em um quarto, incomunicável. Dois dias depois recebeu a visita de um inspetor da Polícia Federal, que o conduziria até Porto Alegre.
“Me mandaram ficar na parte de trás de um Fusca, com a cabeça baixa. O comissário me colocou um capuz e fez uma brincadeira de, no mínimo, mau gosto. Ele disse: ‘Agora vamos para a Argentina’”.
Em Porto Alegre, ficou isolado na PF, situada na época na rua Paraná, número 69. “Entramos em uma garagem onde tinha umas dez celas. Me colocaram na primeira da direita e tiraram todos os outros presos ao redor. Nunca tive contato com nenhum deles.”
Depois de dois dias isolado, Claret foi levado para o interrogatório, quando questionado sobre seus contatos, quem conhecia no Brasil e sua participação na resistência argentina. “Foi quando me disseram: ‘Temos tua família e todo o tempo do mundo’”.
Por dez dias de muita pressão psicológica, o engenheiro foi obrigado a escrever várias vezes o mesmo relato de suas ligações na Argentina e no Brasil. No final deste período, o tiraram da cela e o mandaram tomar banho: dia da primeira sessão de choques. “Eu estava nu em uma cela, quando entrou um médico. Ele começou a tirar fotos do meu corpo e eu perguntei o porquê. ‘Não queremos que os corpos se confundam’, ele disse.”
O preso foi levado, então ao gabinete do chefe da PF, onde “iria encontrar alguém importante”. No dia 29 de setembro de 1978, Claret foi visitado pelo então representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Guy Prim. “A partir daí, mudou a história.”
Seu paradeiro só foi conhecido porque um amigo testemunhou sua captura e acionou o Movimento de Justiça e Direitos Humanos. A partir daí, uma cadeia de informações tomou origem, divulgando sua prisão, inclusive com notas na imprensa e participação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Claret, a muher e os filhos foram levados para o Rio de Janeiro, de onde partiram para a Suécia em 12 de outibro de 1978.
“Eu era da juventude peronista e trabalhava numa universidade”, conta Claret, o que seria o motivo para sua captura.
Para o professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Jorge Christian Fernández, estudioso do caso, a melhor hipótese para a prisão de Claret é que ele tenha sido confundido ou que as forças de repressão acreditaram que ele fosse um montonero – organização político-militar que, desde a Copa de 1978, treinava para fazer operações militares na Argentina a partir do Brasil e das fronteiras do Paraguai e Uruguai.
Os montoneros acreditavam que o governo argentino estava caindo em suas estruturas e que, se chegassem de fora do país, conseguiriam uma insurreição. Isso não aconteceu. A ditadura argentina estava muito bem informada dos planos dos montoneros, já que tinha agentes infiltrados na organização.
“É bem possível que o Claret tenha entrado às avessas nesse caso. Alguém calculou que ele pudesse ter algo com isso. Devem ter analisado que ele era um membro da juventude peronista desaparecido da Argentina por mais de dois anos e estimaram que ele tinha passado para a guerrilha”, estipula Fernández.
“Eu apenas era da geração que queria mudar o mundo”, comenta Claret.

Fonte: Carta Capital